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domingo, 24 de outubro de 2010

Retrato de um país



Crianças brincam de polícia e ladrão
Atrás das grades de uma prisão
Na realidade de uma cidade
Que desconhece o que é liberdade

Cabanas em volta de poucos castelos
Homens que lutam em selva de pedras
Fazendo ouro entre lixos e restos
Tentando manter-se em suas pernas

Já não são cavalos que carregam carroças
Mas é o seu sustento que levam em suas costas
Sobreviver é lutar contra a morte
No final só fica quem for forte

As margens hospedam vidas opostas
Com seus lençóis de notícias indispostas
A miséria lembra o quanto somos animais
Mas não paramos em todos os sinais

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em qualquer direção

O inalcançável, o inabalável mundo da imaginação é a fuga dos sábios da emoção.
Quem delimitou os limites?A onde foi parar o infinito?
Lá no espaço no espaço não existe chão
Lá não haverá ninguém pra mastigar o seu pão

A vida é o esforço da alma em busca do sossego
Pois sempre depois da tempestade sobressai a calmaria
Logo mais tarde não seremos apenas pessoas
Seremos algo mais do que o simples ser

Deslizaremos pelo abstrato e saberemos onde começa e onde termina
Estaremos longe da timidez de pisar no lugar errado ou tropeçar
Esqueça o medo, pois aqueles que são sábios da emoção
Andam por qualquer parte e em qualquer direção.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Deus Condena?

Será que é Deus quem condena?


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pássaro na gaiola



Pássaro na gaiola
Por que choras?
Por que choras?
Teu canto não ecoa
Como no mais límpido céu

Mostre a gratidão
Pro seu dono
Que te deu comida
Conforto e proteção
Junto a grades de prisão

Pássaro na gaiola
Por que choras?
Por que choras?
Tuas belas asas
Já não servem pra voar
Esqueça o horizonte
E passe a me amar

Aceite a condição
Liberdade é alucinação
Escute a voz da ilusão
Que te aprisiona o coração

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Amor Monocromático


Projeto no amor uma forma de viver
Se o amor se parte
logo vem a vontade de morrer
Estou certo de que sou dramático
Mas afinal o que fazer?
Se o amor é algo monocromático

É o bem-me-quer ou mal-me-quer
É o respondido ou não respondido
E ninguém sabe por qual dos dois será conduzido

Afinal quem acabou?
Quem começou?
O meu olhar ou o teu?
Será que ganha quem primeiro prometeu?

Quem foi mesmo que inventou o amor?
Foi aquele velho cantor?
Ou o poeta que se apaixonou?

Só tenho uma certeza e digo:
Se o amor não fosse dolorido
Tenho certeza meu amigo
Ele seria colorido